Foi um italiano de nome Nicola o primeiro dono do estabelecimento, conhecido, inicialmente, como Botequim do Nicola. Escritores, poetas, artistas e malditos tornaram-se habitués do local. Entre eles, Manuel Maria Barbosa du Bocage, o famoso poeta Bocage. Nos fundos do salão interno do café há uma estátua do Bocage, sobre um pedestal alto. Também conhecido como o Boca do Inferno, Bocage escreveu sátiras mordazes contra tudo e todos. Satirizou, inclusive, situações envolvendo ele próprio. Conta-se que certa noite, tendo saído do Nicola, foi abordado por um homem que, com uma arma em punho apontada para ele, perguntou: "quem és, de onde vens, p'ra onde vais"? Bocage, com a irreverência de sempre, teria respondido: "sou o poeta Bocage, venho do Café Nicola e vou para o outro mundo se disparas a pistola". Uma pitada de bom humor, que faz parte das histórias que cercam o agradável Café Nicola, com seu gostoso cardápio e boa carta de vinhos, na movimentada área central de Lisboa!
quinta-feira, 4 de julho de 2013
"Lisbon Revisited": Café Nicola
Foi um italiano de nome Nicola o primeiro dono do estabelecimento, conhecido, inicialmente, como Botequim do Nicola. Escritores, poetas, artistas e malditos tornaram-se habitués do local. Entre eles, Manuel Maria Barbosa du Bocage, o famoso poeta Bocage. Nos fundos do salão interno do café há uma estátua do Bocage, sobre um pedestal alto. Também conhecido como o Boca do Inferno, Bocage escreveu sátiras mordazes contra tudo e todos. Satirizou, inclusive, situações envolvendo ele próprio. Conta-se que certa noite, tendo saído do Nicola, foi abordado por um homem que, com uma arma em punho apontada para ele, perguntou: "quem és, de onde vens, p'ra onde vais"? Bocage, com a irreverência de sempre, teria respondido: "sou o poeta Bocage, venho do Café Nicola e vou para o outro mundo se disparas a pistola". Uma pitada de bom humor, que faz parte das histórias que cercam o agradável Café Nicola, com seu gostoso cardápio e boa carta de vinhos, na movimentada área central de Lisboa!
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