A vinícola
Salton já engarrafou seu novo vinho de corte, o Septimum, um tinto elaborado
com uvas da safra 2011. O vinho é o mais novo integrante do vasto portfólio da
empresa centenária e integra o restrito rol dos vinhos de corte do Rio Grande
do Sul. Um produto intenso, estruturado, com promessa de longevidade. Em viagem
àquele estado, para participar da 21 Avaliação Nacional de Vinhos, realizada no
dia 28 de setembro último, pude provar outro vinho de corte, também de
excelente estrutura: o Perini Qu4tro 2009.
O Septimum
foi apresentado pelo enólogo Lucindo Copatti e pelo presidente da empresa,
Daniel Santon, durante visita de um grupo de jornalistas à vinícola, em Bento
Gonçalves. O nome do vinho vem do fato dele ser elaborado com sete castas:
Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Tannat, Marselan, Teroldego e
Ancellotta. O corte é resultado do encontro de castas tradicionais com as novas
uvas que frutificam nos terroirs do
Rio Grande do Sul. Para aumentar a complexidade, o vinho foi fermentado e
estagiou 18 meses em barricas de carvalho. No dia 27 de setembro, quando o vinho foi apresentado, fazia 15 dias que ele havia sido engarrafado.
O Septimum
mostrou cor rubi intensa. Ao olfato, revelou aromas mais evidentes de frutas
maduras, lembranças florais e de ervas aromáticas, notas de especiarias e
toques tostados. Em boca, apresentou gostosa acidez frutada, toques da madeira
e taninos redondos. Um vinho sem arestas, apesar da juventude. Complexo,
estruturado e, seguramente, longevo. Ele foi servido sem rótulo, daí não haver foto da garrafa.
Na vinícola
Perini, em Farroupilha, provei o Qu4tro 2009, vinho que recebe este nome também
por ser elaborado com quatro castas: Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat e
Ancellotta. Mas não é só isso. O quatro vem das quatro estações do ano e das
quatro fases lunares, faltores fundamentais no desenvolvimento da videira e das
uvas. A garrafa do vinho tem quatro faces e a caixa vem com quatro garrafas. Um
produto conceitual.
O vinho é,
no bom sentido, provocativo. A cor é rubi-violácea. O nariz é rico em aromas de
frutas negras muito maduras, notas de especiarias doces, toques lembrando
melado e um intrigante toque cítrico que me remeteu ao marmelo. Em boca mostrou
agradável frescor, fruta e taninos presentes. Um vinho longevo.
Os tintos
de corte são uma saída interessante para locais de clima instável. A mescla de
castas pode fazer a compensação entre elas, gerando vinhos equilibrados,
intensos e cheios. É fato que o brasileiro está muito acostumado aos
varietais. Mas o brasileiro gosta de bons vinhos. E compra cortes europeus, por
tradição. Portanto, esse é um bom momento para aproveitar essa deixa, investir em cortes e apresentar ao mercado boas novidades.
Oi João Lombardo, parabéns pelo blog. Meu nome é Evandro e eu o acompanho no seu blog e no Programa na TV sempre que posso. Tenho um blog que iniciei há pouco: vinhosqueprovo.blogspot.com que gostaria de divulgar também, se possível, e espero poder em breve divulgar os vinhos brasileiros, em especial os catarinenses.
ResponderExcluirQuando tiveres o seu livro para venda, por favor me informe: evanti@bol.com.br. Obrigado e Um abraço.